Na guerra entre Israel e Hamas, a quarta-feira (18) teve um dia de protagonismo dos Estados Unidos. Para além da visita de Joe Biden a Tel Aviv, a diplomacia de Washington usou o poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, atuou no destravamento da entrada de ajuda humanitária em Gaza e foi alvo de protestos em países árabes.
O presidente americano se encontrou com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, reforçou o apoio a Tel Aviv e anunciou uma ajuda financeira à Palestina. Pouco depois do encontro, Israel anunciou que vai autorizar o envio “apenas de comida, água e medicamentos” a Gaza, desde que os itens não sejam entregues ao Hamas.
Em Tel Aviv, Biden disse que o ataque a um hospital em Gaza na terça (17) “parece obra do outro lado”. A origem da explosão é investigada, e o Hamas acusa Israel. O caso fez países árabes criticarem Tel Aviv e inflamou protestos em locais como o Líbano —motivados também pela visita de Biden—, onde o Hizbullah fez novas ameaças.
Na ONU, os EUA usaram o poder de veto que têm no Conselho de Segurança para barrar uma resolução proposta pelo Brasil, que pedia a liberação de ajuda humanitária, a soltura dos reféns e o fim da ordem de Israel para que o norte de Gaza seja esvaziado. Washington justificou o veto pela ausência de uma menção ao direito de defesa de Israel.
No episódio desta quinta-feira (19), o Café da Manhã discute o papel dos EUA na guerra entre Israel e Hamas, e analisa o potencial da diplomacia americana no Oriente Médio. O podcast entrevista Oliver Stuenkel, professor da Fundação Getúlio Vargas.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Carolina Moraes e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.