Affonso Celso de Ouro Preto
Embaixador em Bissau (1983);Chefe na delegação brasileira na Conferência Técnica sobre a Institucionalização do Parlamento Latino-Americano (1987); Embaixador em Estocolmo (1990-1993); Chefe do Gabinete de Ministro de Estado (1993-1995); Embaixador em Viena (1995-1999); Embaixador em Pequim (1999-2003); Representante Brasileiro para Assuntos do Oriente Médio na Secretaria Geral das Relações Exteriores (2004-2010); Diretor do Instituto de Estudos Brasil-China (IBRACH).
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Entrevistador(es): Oliver Stuenkel, Kelly de Souza Ferreira
Duração: 1h 43min
Outras entrevistas podem ser encontradas no acervo de história oral do CPDOC por meio do link http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/historia-oral.
Para citar a entrevista:
OURO PRETO, Affonso. Entrevista concedida para o projeto “O Brasil em crises Internacionais”. CPDOC, São Paulo, 12 dec, 2014. Programa de História Oral.
Parte 1: Convite feito pelo Embaixador Barros Netto para que se tornasse embaixador do Brasil na China no ano de 1999; a visita com Celso Amorim à China no início dos anos 1990; relato sobre a visão negativa que os estrangeiros tinham sobre a China no ano da sua chegada ao país; fechamento de agência do Banco do Brasil na China em 2000; a opinião das empresas brasileiras sobre a China em relação a outros países da Ásia no início dos anos 2000; relato sobre a estrutura física e pessoal da embaixada brasileira na época de sua atuação; a falta de informação sobre a China dentro do Itamaraty nos anos 1990 e 2000; relato sobre o seu trabalho com temas internacionais durante o seu período na Áustria; relato sobre o tratamento pessoal dos chineses; o lançamento do CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres); reconhecimento do Brasil como potência regional por parte da China; opinião sobre o sistema político chinês; a presença de correspondentes internacionais de jornais brasileiros na China; primeiros contatos com o Ministério das Relações Exteriores Chinês; relato sobre o embaixador da Argentina para a China durante a sua estadia; as duas visitas do presidente Lula à China; A visita de Jiang Zemin ao Brasil no segundo governo Fernando Henrique Cardoso; problemas e políticas comerciais envolvendo Brasil e China; aumento do número de diplomatas brasileiros na China ao longo dos tempos; mudança da posição brasileira em relação a China com a gestão de Lula na presidência e Celso Amorim no Itamaraty; a atuação da EMBRAER na China; A presença de famílias e empresas familiares brasileiras na região de Guandong; As viagens para diversas regiões na China; opinião sobre o governo de Hu Jintao e Jiang Zemin.
Parte 2: Visita de Jiang Zemin ao Brasil em 2001 e a reação de Fernando Henrique Cardoso; as críticas que Brasil e China fazem aos Estados Unidos; o projeto de crescimento de Deng Xiaoping; a proximidade chinesa com Venezuela e Cuba; a falta de crítica do governo brasileiro aos eventos de 1989 na China; reaproximação comercial entre Brasil e China no momento em que foi embaixador na China; a desconfiança do governo brasileiro com a entrada excessiva de chineses no Brasil; relato sobre funcionários da embaixada brasileira em Pequim que se casaram com chinesas; a falta de presença da sociedade civil nas cooperações promovidas pelo Brasil; a falta de especialização em áreas geográficas por parte do Itamaraty; a presença de especialistas chineses que falam português; a China como principal parceira comercial do Brasil; a negociação da China com o Brasil para a entrada na OMC; a criação do COSBAN; a falta de um consenso entre as empresas e associações de empresas brasileiras sobre o aumento do comércio com a China; relato sobre o seu tempo como coordenador para o Oriente Médio dentro do Itamaraty; a necessidade de uma posição coordenada em relação a China dentro do Itamaraty; instalação de um escritório da Petrobras na China em 2003; as mudanças ocorridas no Itamaraty com mudança de governo e regime; a não existência de uma fidelidade política dentro do Itamaraty; opinião sobre as semelhanças das políticas externas chinesas e brasileiras; a grande visita de Lula a China acompanhado de políticos e 400 empresários; a falta de interesse na China por parte do governo Dilma; a importância dos Institutos Confucius para a China e a sua presença no Brasil; a falta de experts brasileiros sobre China; opinião sobre Kissinger; o seu interesse sobre a história chinesa.
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Photo credit: Ministério das Relações Exteriores — Brasil