A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional Kristalina Georgieva e o presidente do Banco Mundial David Malpass. Samuel Corum/Gettty Images
BY OLIVER STUENKEL | FEBRUARY 1, 2021
O renascimento da cooperação regional requer passos lentos — e distância da polarização.
SÃO PAULO — Todos nós testemunhamos como a pandemia agravou a mistura tóxica de extrema desigualdade e serviços públicos precários na América Latina. Embora programas de transferência de renda e medidas de distanciamento social para combater a pandemia tenham sido implementados em toda a região, a polarização e o risco de instabilidade econômica e política permanecem significativos.
À primeira vista, esse cenário oferece uma oportunidade única para que instituições multilaterais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrem sua capacidade de fornecer assistência regional e ajudar os países a mitigar os danos da pandemia. De fato, muitos países da região, reconhecendo a importância da cooperação regional para enfrentar as consequências da pandemia, já começaram a explorar formas de conseguir apoio do BID e do Banco Mundial para seus…