Brasil passará menos vergonha, mas quem espera uma guinada relevante na estratégia internacional do Brasil provavelmente se frustrará, diz professor da FGV
Oliver Stuenkel*, O Estado de S.Paulo
29 de março de 2021 | 13h10
Não são poucos os diplomatas que já tinham uma garrafa de champanhe na geladeira, prontos para brindar ao fim de um dos capítulos mais infames da política externa nacional. Hoje, depois de pouco mais de dois anos como ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, seguidor das teses conspiratórias de Olavo de Carvalho, deixou o cargo. Seja quem for seu sucessor, muito provavelmente será mais hábil em mobilizar o Itamaraty para servir de escudo e mitigar, em parte, o impacto nefasto da retórica do presidente Bolsonaro na reputação do Brasil no exterior.
Porém, o próximo chanceler terá que lutar somente com uma das mãos. Desde 2019, Jair e Eduardo Bolsonaro determinam a política externa brasileira, e o chanceler apenas a executa. Essa divisão de trabalho dificilmente mudará. O Brasil passará menos vergonha, mas quem espera uma guinada relevante na estratégia internacional do Brasil provavelmente se frustrará…
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