A Assembleia Legislativa de El Salvador, de maioria governista, decidiu no último sábado (1º) –por 64 votos a favor, 19 votos contra e uma abstenção– depor cinco juízes da Suprema Corte do país.
Os magistrados vinham se opondo às medidas que o governo de Nayib Bukele planejava tomar contra a pandemia, criticadas por órgãos internacionais como violações dos direitos humanos. Para os aliados do presidente, os magistrados converteram a corte em um superpoder.
Os juízes argumentam que a destituição é inconstitucional. Oposicionistas, tanto de direita como de esquerda, chamaram a decisão de golpe de Estado.
A ação foi condenada por países como os Estados Unidos e por entidades como a Organização dos Estados Americanos (OEA), além da ONG Human Rights Watch.
Para entender o contexto político que levou à crise entre poderes e que ameaça essa medida representa para a democracia salvadorenha, o Café da Manhã desta terça-feira (4) conversa com Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas: