Bastião da direita populista onde Bolsonaro participou de motociata, Flórida é determinante na política externa dos EUA na América Latina
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A recente viagem de Jair Bolsonaro à Flórida – oficialmente para abrir um vice-consulado brasileiro em Orlando – serviu para mobilizar uma parcela de eleitores fidelíssima ao presidente: no pleito de 2018, a vasta maioria de brasileiros que votam naquele estado norte-americano apoiou o ex-capitão. A relevância da Flórida para a política latino-americana, no entanto, vai muito além do fato de ser um reduto bolsonarista. Devido às poderosas e conservadoras diásporas cubanas e venezuelanas, os dois senadores da Flórida, Marco Rubio e Rick Scott, do Partido Republicano, têm enorme influência sobre a política externa americana quando o assunto é América Latina.
É consenso em Washington que os embargos contra Cuba e Venezuela falharam e apenas fortaleceram os governos em Havana e Caracas. Entretanto, poucos ousam defender uma postura mais pragmática em relação a esses países por medo de se indispor com o eleitorado da Flórida, detentor do terceiro maior peso no Colégio Eleitoral dos EUA. Quando Trump insinuou que não descartaria uma intervenção militar na Venezuela para derrubar…