Alianças no Pacífico e importância da indústria de semicondutores em Taipé pressionariam americanos em caso de conflito
15/08/2022 | 05h00
Não é segredo que Xi Jinping, o qual deve ter seu terceiro mandato presidencial confirmado durante o 20º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês, sonha entrar na história como o líder que alcançou a reunificação entre China e Taiwan. Retomar o controle da ilha, onde os nacionalistas derrotados por Mao Tsé-tung se refugiaram em 1949, é uma tarefa inadiável que não deve ser transferida para as próximas gerações, como o próprio Xi gosta de ressaltar.
Não surpreende, portanto, que o governo chinês tenha aproveitado a recente visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, a Taiwan para responder com exercícios militares em grande escala: pela primeira vez na história, Pequim disparou mísseis que sobrevoaram Taiwan, usou munição real ao redor da ilha – na prática, ensaiando um bloqueio aeronaval – e anunciou uma redução da cooperação militar com os Estados…