23/08/2022 | 10h00
Postura ambígua dos generais em relação ao sistema eleitoral afeta imagem da corporação mesmo se houver eleições sem incidentes
A quarenta dias do primeiro turno das eleições brasileiras, com diplomatas e jornalistas do mundo inteiro já de olho no cenário político da quinta maior democracia do mundo, várias reportagens no exterior destacam as Forças Armadas como principal incógnita no pleito brasileiro. Nas entrevistas com analistas políticos brasileiros, além de indagar sobre quem tem mais chances de ganhar as eleições, jornalistas estrangeiros logo querem saber como as Forças Armadas reagiriam se Bolsonaro perdesse por uma margem estreita e questionasse o resultado das urnas.
Na imprensa internacional, essa pergunta é relevante por dois motivos. Em primeiro lugar, a derrota de Bolsonaro e sua recusa em aceitá-la são vistas como bastante plausíveis. Em segundo, a postura ambígua dos generais chama a atenção – por um lado, a promessa de que respeitarão…