Com avanço ucraniano, Ocidente deve ampliar envio de armas a Kiev e imposição de sanções à Rússia (Estadão)

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Sanções ocidentais estão prejudicando severamente as tentativas russas de obter tecnologia militar mais sofisticada e apoio militar amplia chances de sucesso ucraniano

O debate ocidental sobre a invasão russa à Ucrânia pode ser resumido hoje pela contraposição “paz x justiça”. De um lado, prevalece o argumento de que o exército ucraniano dificilmente será capaz de reconquistar o território ocupado pela Rússia. Daí a proposta de que Ocidente pressione o presidente Volodmir Zelenski a iniciar negociações de paz com Vladimir Putin para tentar encerrar o conflito o mais rapidamente possível, aceitando a perda definitiva da Crimeia e de parte de Donbass.

De outro lado, domina a convicção de que Putin não estaria disposto a terminar a guerra, mesmo que a Ucrânia quisesse. Portanto, qualquer cessão territorial hoje incentivaria a Rússia a promover novas invasões no futuro. Assim, a melhor forma de responder à agressão russa é priorizar a Justiça e apoiar a Ucrânia até a Rússia bater em retirada — mesmo que isso venha a causar profunda recessão econômica na Europa.

Dois episódios recentes fortalecem a segunda posição, que defende a continuação ou mesmo a ampliação do suporte militar à Ucrânia, bem como as sanções ocidentais contra Moscou. Um deles refere-se a avanços ucranianos no nordeste do país. O fato representa a maior vitória para Kiev em meses. Estrategistas militares costumam apontar que, para obter ganhos territoriais, as forças no ataque precisam ser pelo menos três vezes maiores que as…

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