Estratégia é compartilhada por populistas como Trump, Bolsonaro e López Obrador
Enquanto alguns líderes com ambições autoritárias ainda optam pela abordagem clássica de destruir a democracia – como Pedro Castillo, cuja tentativa de autogolpe no dia 7 de dezembro fracassou –, um grupo crescente escolhe uma estratégia mais sutil, buscando enfraquecer os órgãos eleitorais de seus respectivos países, para depois poder lançar dúvidas sobre os resultados. Sem apresentar provas concretas de fraude, tais líderes questionam a imparcialidade das estruturas responsáveis pela organização dos pleitos e sugerem que o sistema opera contra eles. Projetando-se como “homens do povo” em luta contra o establishment, argumentam que o sistema eleitoral é corrupto, enviesado e intransparente.
Foi exatamente com essa argumentação que o partido governista mexicano aprovou no Congresso, na última quinta-feira, uma reforma eleitoral, reduzindo o financiamento público para o Instituto Nacional Eleitoral (INE), entidade autônoma responsável pela organização das eleições. O INE perderá em torno de 85% de sua burocracia profissional, limitando sua….